quarta-feira, 31 de outubro de 2012

pourquoi pas?



O Expresso noticía a passagem por Lisboa do navio oceanográfico francês Pourquoi Pas?, terminada mais uma campanha para estudar dunas submarinas no Mar Céltico, Canal da Mancha e a norte do Golfo da Biscaia. Conhecida a importância das dunas submarinas na formação das ondas e na protecção da orla costeira, porque razão é que não aproveitaram para aprofundar o estudo na nossa costa? Até que vinha bem a calhar para a revisão dos POOC... é caso para perguntar pourquoi pas?!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

de quem é a areia da praia?








fotografia Daniela Araújo

Fomos hoje ouvidos na reunião de Câmara. Depois de 3 anos a reflectir sobre a importância do mar como agente de transformação da cidade e a avançar com propostas que integram a protecção da orla costeira e a defesa das ondas, bem como a salvaguarda do património histórico e a re-qualificação urbana, num cenário de desenvolvimento local sustentável. Após o reconhecimento nacional com a vitória do projecto CIDADESURF na iniciativa MOVIMENTOMILÉNIO, com a proposta da reposição artificial da deriva litoral através de um BYPASS, cujo prémio permitiu a viagem ao outro lado do mundo para conhecer o BYPASS de Colangatta, na Austrália. Depois de duas menções honrosas no Concurso de Ideias para a Praia da Figueira para contributos no âmbito da revisão do POOC Ovar-Marinha Grande. Depois da distinção internacional com a participação no grupo de trabalho da Global Surf Cities. Quando são já centenas as conferências, comunicações, reportagens e notícias, em diversos palcos e nos mais variados meios de comunicação social. Depois de ouvidos os esclarecimentos do coordenador da equipe técnica para a revisão do POOC, em reunião extraordinária convocada pela autarquia. Depois de termos convidado o australiano Graeme Mcllwain a visitar a Figueira para nos explicar, a todos (cidadãos, equipe técnica do POOC, autarquia), como é simples resolver o problema da acumulação da areia a norte e, ao mesmo tempo, defender o sul da erosão costeira. Hoje, cumprida a ordem de trabalhos da reunião de Câmara, após a intervenção de dois munícipes com preocupações naturalmente legítimas a mereceram a atenção do executivo camarário, fomos reafirmar o que toda a cidade já ouviu e a maioria dos presentes também. Que defendemos uma cidade que promova o encontro com a sua história e a sua génese. Que não faz sentido continuar com a cabeça enfiada na areia, se a nossa memória colectiva é construída de mar. Por isso é natural que reformulemos a pergunta quando questionados sobre a solução para o areal da praia: Mas afinal de quem é a areia da praia? É da cidade ou do mar? 

domingo, 14 de outubro de 2012

planeta mar



MAR, Textos de Ricardo Henriques com ilustrações de André Letria, Edições Pato Lógico

Se o nosso planeta tem mais mar que terra, então porque é que não se chama planeta Mar? Provavelmente já não vamos a tempo de mudar os dicionários e os livros de geografia, mas fica aqui a nossa homenagem a essa grande piscina tão importante para os portugueses, povo de marinheiros e comedores de bacalhau. Este actividário (actividades + abecedário) aviou-se no mar e dá-te palavras para mastigar e não deitar fora. Brinca com elas e com os seus significados, uma e outra vez, porque no mar há muito sal para provar, muitas lendas para contar e muitas vidas para descobrir, sejam de peixes ou piratas. É certo que no Mar há mais palavras que marinheiros, mas o nosso barco não podia trazer tudo. Partimos ao sabor do vento e regressámos com 206 palavras e 80 actividades na rede.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

não é nenhum poema

Madredeus, O mar

Não é nenhum poema
o que vos vou dizer
Nem sei se vale a pena
tentar-vos descrever
O mar
O mar

E eu aqui fui ficando
só para o poder ver
E fui envelhecendo
sem nunca o perceber

O mar
O mar

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

a ver o mar #8




Vila Malaparte, ilha de Capri, Itália. Construída entre 1938 e 1942, foi desenhada pelo arquitecto Adalberto Libera com Curzio Malaparte, o proprietário. Em 1963 a casa foi palco do filme de Jean-Luc Godard O Desprezo (Le Mépris) com Brigitte Bardot como protagonista feminina, numa adaptação cinematográfica do romance homónimo de Alberto Moravia.

Excerto de Le Mépris, Jean-Luc Godard, 1963.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

trazer a praia à cidade



Demorou anos a acumular toda aquela areia junto à praia do relógio, a afastar cada vez mais o mar, a tirar a praia à cidade. Vai com certeza demorar tempo até que se consiga recuperar a circulação das areais do mar, repôr a deriva litoral e os bancos de areia, travar a erosão na costa a sul da Figueira da Foz, recuperar a qualidade da praia de banhos da frente urbana da cidade. Há três anos decidimos remar contra a maré e assim continuaremos o tempo que for preciso.
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