sexta-feira, 16 de novembro de 2012

o gigante e o anão


O dia nacional do mar é hoje assinalado com diversos eventos, um pouco por todo o país. Os nossos governantes anunciaram a aquisição de novos instrumentos para desenvolver o conhecimento que temos do fundo do mar, garantem para breve a entrada em vigor de novas leis de ordenamento marítimo, e reiteram que Portugal necessita de encontrar novas bases sustentáveis de crescimento económico, e que uma aposta nos seus recursos naturais, na sua geografia e na sua ligação ao mar é um passo muito importante para a criação dessas bases.  Há quem afirme que Portugal podia ser um gigante marítimo, mas na prática não passa de um anão. Relatórios e estratégia nacionais para o mar abundam, e ontem, na conferência Mar de Negócios, iniciativa da TSF em parceria com a CGD e a COTEC, também não terão faltado ideias para antever oportunidades no mar e transformar o mar em negócios.
A julgar pelo cartaz é de supor que o surf e as ondas terão tido destaque no debate sobre o aproveitamento das potencialidades do mar. Será? Terá o surf força suficiente para ter sido incluído nos discursos do Exmo Sr Presidente da República, da Exma Sra Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, ou nas palestras dos demais oradores? Ou será que o surf vai continuar a ser tratado como anão e engolido pelo gigantismo ofuscante dos transportes marítimos e da quimera dos recursos minerais? Raio de país este que o anão e o gigante não podem partilhar. Há-de o surf ser grande e ajudar a construir um modelo de desenvolvimento plural.

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